[URBANISMO] A LEI QUE REDEFINIU O HORIZONTE DO RECIFE
TEXTO Revista Continente
17 de Setembro de 2018
Na Jaqueira e nos Aflitos, amontoado de prédios aponta para a verticalização
FOTO Reprodução
Como se constroi o planejamento urbano de uma metrópole como o Recife? Em tempos em que muito se discute sobre verticalização excessiva, um caminho para se aprofundar o debate se vislumbra no livro Lei dos 12 Bairros – Contribuição para o debate sobre a produção do espaço urbano do Recife, a ser lançado pela Cepe Editora nesta terça (18), a partir das 18h30, no Museu do Estado.
No volume, quatro autores com experiências distintas relatam historicamente os caminhos para a concepção de urbanismo para a capital pernambucana. São eles: o arquiteto e organizador da obra Francisco Cunha; a professora titular do Departamento de Arquitetura e Urbanismo da UFPE Norma Lacerda; o engenheiro Luiz Helvecio de Santiago Araújo; e o especialista em desenvolvimento urbano Paulo Reynaldo Maia Alves. Cada autor responde por um capítulo do livro, que tem apresentação do presidente da Cepe, Ricardo Leitão, e prefácio da economista Tânia Bacelar.
Francisco Cunha explica que o objetivo do livro é resgatar uma importante norma urbanística para o Recife. "A Lei dos 12 Bairros surgiu depois que os moradores de Casa Forte e Graças, com o apoio da Igreja Católica, resolveram protestar contra essa visão uniformizadora e conseguiram sensibilizar lideranças públicas e empresariais para mudar a lei de modo a tratar determinados lugares (os 12 bairros) de acordo com suas peculiaridades. Foi uma vitória da cidadania, importante de ser resgatada neste momento em que o Recife revisa o seu Plano Diretor, que incorporou na íntegra a Lei dos 12 Bairros. Vale a pena discutir se (e como) essa experiência exitosa pode ser expandida para outras áreas da cidade”, defende.
SERVIÇO
Lançamento do livro Lei dos 12 Bairros – Contribuição para o debate sobre a produção do espaço urbano do Recife
Quando: Terça, 18.09, às 18h30
Onde: Museu do Estado de Pernambuco (Avenida Rui Barbosa, 960, Graças)
Quanto: R$ 45 (exemplar impresso) e R$ 12 (e-book)